10 de abril de 2009

Dois dias que abalaram o mundo

De acordo com o cálculo matemático, dois dias possuem exatamente 48 horas, 2880 minutos e 172.800 segundos. Desrespeitando o raciocínio exato e linear, essa conta está errada. Com uma carga pesada e desproporcional para qualquer ombro humano, as já citadas 48 horas trouxeram uma bagagem memorável de acontecimentos, capaz de ensinar lições tão importantes que anos, décadas e séculos, certamente, não conseguiriam.

Nesse tempo, pude perceber o quanto a palavra é traidora, o quanto nossos atos, às vezes, são irreparáveis e o quanto nosso comportamento é circunstancial. Do céu ao inferno em um curto espaço temporal; esse é o lema que ratifica as marcas deixadas por essa tempestade emocional e cognitiva.

Pode-se aplicar, com uma dose de subjetividade, é claro, o conceito de “destempo”. Dois dias, dependendo da intensidade, podem ser mais impactantes e metaforicamente mais proveitosos. Se John Redd conceitua os primeiros passos da Revolução Russa como os “Dez Dias que abalaram o mundo”, posso parafraseá-lo com uma redução proporcional.

Deixo de lado o fato em si para contextualizar a angulação do tempo. Aprender com erros e acertos está aquém da cronologia. Hoje, portanto, estou mais forte e equilibrado. Pelo menos até que cheguem os próximos dois dias, que podem vir à tona no formato de duas décadas, dois anos ou, quem sabe, dois minutos.

Um comentário:

Anônimo disse...

texto bem a sua cara jhon, ta criando uma identidade... um rg ne redigir. parece que voce transformou tudo que pensou e sentiu dentro do seu vinculo estudantil nesse texto, muito bom
continue fabricando ideias que é no campo delas que se originam as verdadeiras e solidas construcoes.. valeu um abc do amigo silvao!!