26 de agosto de 2009

E por onde anda a notícia?

E a quantas anda isso daqui?


Falta-me inspiração para escrever hoje. Ontem e anteontem também, como já deve ter percebido.
Há tanta coisa estranha acontecendo, que estou como uma barata tonta pensando naquilo que pode ser discutido

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Ok, hoje dois assuntos me vêm à mente: a briga Record x Globo, e outro recentemente abordado aqui, sobre o homem do bigode, José Sarney (me dá um emprego, moço?)

Porém, cada dia que passa, sinto-me mais desnorteada àquilo que realmente importa.
O que a mídia destaca, afinal? O que, como cidadã comum, pagadora de impostos, trabalhadora, estudante de jornalismo e questionadora compulsiva, o que de fato mais me interessa?

O que é fato?
O que é fato social? (oh, Durkheim, que saudade...)

Será que a mídia deu uma amornada naquilo que nos corrompe diretamente, para enfatizar o vencedor de A Fazenda e seu milhão de reais? - pobres fiéis; O monopólio da Globo exacerba-se (sim, Edir Macedo comprou os direitos do documentário "Muito Além do Cidadão Kane" e lá em sua arcauniversal.com é possível assistir na íntegra o que há alguns anos foi censurado à mando daa TodaPoderosa); O "- Vamo arrebentar!" do bispo em sua propaganda-reportagem sem intenção alguma veiculada pelo Câmera Record (ou Repórter Record, corrijam-me se eu estiver errada... esses nomes plagiados me confundem!) há algumas semanas mostrava as garras do desafiante; o espaço ofertado pela Rede Globo para mencionar a denúncia ao ministério público sobre o faturamento da Igreja Universal (agora arrebenta, Record!)... Nesse turbilhão, onde foi parar o senhor do bigode?

Aliás, bigode está na moda...Não é,Roger Abdelmassih (isso sim é absurdo!!)




Dinheiro nosso envolvido de todas as formas. Como uma boa fiel que não sou (nem acredito nisso tudo ai que o Macedo prega), hoje não é meu dinheiro, mas tivesse eu uma mente mais influenciável... Agora, o que é meu, seu e de todos nós emprega uma família e agregados de forma superfaturada, faz homenagem póstuma em todo o estado do Maranhão à figuras publicas que nem faleceram e me faz acreditar que vivo numa perfeita máquina de corrupção.

O que tem mais relevância hoje?

Hoje não vou aprender a sambar... nem quero entender como se faz pizza.
Mas que tudo me entristece olhando ao meu redor, ah, é fato.
(Ohhh... o fato!!)

16 de agosto de 2009

Velhinho batuta

Nem sei exatamente como começar esse post. Sei lá, acho que é mais uma analogia do que algo de cunho crítico e social.
Nessa semana, tive o privilégio de realizar minha primeira cobertura jornalística, enquanto futuro profissional da imprensa. Acho que não preciso dizer que foi incrível. Absorvi cada momento daquela experiência.

Um jornalista, com aproximadamente quarenta anos de profissão, me acompanhou. Fiquei feliz em saber que ainda existem pessoas agradáveis, sempre com uma história na ponta da língua: a palavra certa, na hora certa e no momento certo.
Humildade: ele trabalhou nos maiores veículos de comunicação do Brasi. Eu? Um mero estagiário, confuso, assustado e que traz o peso de ser bom, mas ainda não confia em si mesmo.
Ele poderia ter me tratado com indiferença, arrogância e desprezo. Mas, com toda classe e elegância, que só os jornalistas têm, optou pelo diálogo, tranquilidade e, certamente, muitas perguntas. Era tudo meio incipiente e, ao mesmo tempo, baqueado. Às vezes, parecia que estávamos no mesmo patamar: fosse no começo de carreira ou décadas de trabalho.

Confesso que aquele Sr. até tentou me testar. Perguntou sobre Fernando Morais. Felizmente, tinha um conhecimento razoável sobre o escritor/jornalista.

O mais incrível, entretanto, estava por vir. Sem uma única anotação, ele conseguiu redigir um texto rico e sem erros informacionais. Eu não conseguiria fazer isso nem se tivesse o dead line de três dias.
Bons contos e uma memória seletiva de dar inveja.

Trata-se de uma das dez pessoas que você deve conhecer em toda sua vida.

7 de agosto de 2009

Deixa o Suplicy cantar, vai!


A semana foi bastante tensa no cenário político nacional. A sociedade brasileira presenciou duas discussões entre os engravatados, ambas, inclusive, envolvendo "Renanzinho", senador do PMDB e assim carinhosamente chamado por Mônica Veloso.
Tasso Jereissati e Renan Calheiros quase chegaram às vias de fato, na última quinta-feira. Conseguiram até mesmo tirar os holofotes de José Sarney. Parabéns aos dois pelo discurso altamente refinado.

Agora me diga, para que tudo isso?
A população está farta de ouvir tantas lorotas, com o uso excessivo da retórica vazia.
O Conselho de Ética fechou a semana, como diria Paulo Bonfá, com chave de bosta, arquivando as sete denúncias contra Sarney. Paulo Duque, presidente do conselho, alegou que as acusações eram embasadas em recortes de jornais, sem documentos relevantes.

Se for para escutar tudo isso, que Suplicy continue cantando. Ele, que já nos prestigiou com Blowin' the wind, do Bob Dylan e até Racionais MC, soltou a voz em Father and Son, do Cat Stevens.
Sugiro uma campanha, nesse humilde espaço virtual, para que senador petista cante o dia inteiro durante as atividades políticas do congresso. Quem sabe assim nossos ouvidos não param de ser confundidos com vasos sanitários.


Vídeo e matéria do site Terra:

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3912055-EI7896,00.html






4 de agosto de 2009

Sarney, o lutador


Ontem, dia 03/08, o recesso parlamentar chegou ao fim. Obviamente, a situação foi a mesma das últimas semanas: a possível renúncia do ainda presidente do senado José Sarney.
Com uma discussão calorosa entre os senadores Pedro Simon, Fernando Collor e Renan Calheiros o clima esquentou bastante.
Mas e Sarney? Afinal, qual será sua postura mediante o bombardeio proporcionado pela mídia e a opinião pública?

José Sarney é um pugilista. Sua atuação é tão fantástica quanto à de Mickey Rourke em "O lutador".
Esse filme, por sinal, recebeu duas indicações ao Oscar 2009, inclusive a de melhor ator.

O longa conta a história do lutador Randy, mais conhecido como "Carneiro". Após sofrer um ataque do coração, ele é impedido de subir aos ringues. Todavia, sua vida pessoal é um verdadeiro fracasso. Logo, não vê outra alternativa a não ser voltar a lutar.

O clima para Sarney é, sem dúvidas, insustentável. Até o presidente Lula lavou as mãos. Entretanto, ele insiste em não abrir mão da cadeira; um verdadeiro lutador, no melhor estilo Carneiro.

Não se assustem caso um dia desses vejam o bigodinho matusalém batendo nos ombros e assustando seus adversários. Afinal, o que resta para Sarney é apenas a política, assim como para Randy restou apenas o combate.
Sarney fez da política o seu ringue particular...