15 de maio de 2010

www.oquê?

Essa reportagem da Folha On Line, de 14 de maio de 2010, mostra claramente o avanço da tecnologia no mundo e o uso constante da internet como ferramenta indispensável para todas as áreas.

Endereços de internet estão se esgotando, diz presidente da Icann

da Reuters, em Moscou

O mundo logo esgotará o número de endereços de internet disponíveis, por conta da explosão no número de aparelhos conectados com a web, a menos que as organizações adotem uma nova versão do Internet Protocol, declarou o presidente da organização que aloca os endereços IP.
Rod Beckstrom, o presidente da Icann, disse que apenas 8% a 9% dos endereços ipv4 ainda estão disponíveis, e que as companhias precisam adotar o novo padrão ipv6 o mais rápido possível.

"Estão se esgotando", declarou em entrevista. "A mudança realmente precisa ser realizada; estamos chegando ao final de um recurso escasso."
O ipv4, usado desde que a internet se tornou pública, nos anos 80, foi criado com espaço para apenas alguns bilhões de endereços, enquanto a capacidade do ipv6 é da ordem dos trilhões.

Uma multiplicidade de aparelhos, entre os quais câmeras, players de música e consoles de games, estão se somando aos computadores e celulares na conexão à web, e cada um deles precisa de um endereço IP próprio.


Mundo logo esgotará o número de endereços de internet disponíveis, por conta da quantidade de aparelhos na web


Hans Vestberg, presidente-executivo da fabricante de equipamentos para telecomunicações Ericsson, previu no começo do ano que haveria 50 bilhões de aparelhos conectados, até 2020.

Beckstrom disse que "é uma grande tarefa administrativa e de operações de rede... mas terá de ser realizada, porque nós, seres humanos, estamos inventando tamanho número de aparelhos que usam a internet, agora."

Beckstrom estava em Moscou para a entrega formal do primeiro nome de domínio internacional em alfabeto cirílico para a Rússia. Em lugar do uso do domínio ".ru", expresso no alfabeto latino, as organizações russas agora poderão empregar seu equivalente em cirílico.

A Icann aprovou a introdução gradual de nomes de domínio internacionalizados no ano passado. Países podem solicitar nomes de domínio nacionais em outras formas de alfabeto, como o arábico ou o chinês, e isso no futuro será expandido para todos os nomes de domínio da internet.

Até o momento, Rússia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos obtiveram aprovação da Icann para usar seus alfabetos nacionais no domínio de primeiro nível, a parte do endereço que vem depois do ponto.

Extraído: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u735135.shtml

2 de maio de 2010

Já, 26?


Eu me lembro, há cerca de uns 20 anos ou mais, de um berço grande e de dias em que eu acordava chorando por causa de um pesadelo. Alguns anos mais, esse berço virou uma caminha de solteiro, onde todas as tardes, ao chegar da escola, eu imaginava como seria meu futuro, minha vida adulta. A fixação do meu pai e o estímulo dele em me ensinar a jogar bola e admirar o jornalismo foram fatores decisivos na minha vida. Ele costumava dizer que me registrou somente com o sobrenome dele porque jornalista tinha apenas um nome e um sobrenome! Eu seria uma de muito sucesso. É pai, to caminhando pra isso!

Fez me apaixonar por tais coisas, enquanto me ensinava história e fazíamos palavras cruzadas juntos, desde os 4 anos, quando aprendi precocemente a escrever e lia notícias sobre o então presidente José Sarney, mesmo sem entender muita coisa. Quantos “boa noite” eu dei para o Chapelin e para o Cid! Anos mais tarde, meu interesse por política se acentuava.

Repleta de sonhos e fantasias, entre brinquedos e mimos do papai, ele me levava, duas vezes por semana, ao centro da cidade. Ali eu conhecia a linha vermelha do metrô, a azul, e passeava na zona norte. Conhecia também as barraquinhas de pastel da Liberdade, as pombas da Rua do Carmo, os itinerários de ônibus e toda a São Paulo por quem hoje devoto minha paixão.

Aos domingos, era a vez de mamãe me levar pro passeio na zona sul, na casa das 5 ou 6 tias que numeravam (e muito) a família, com seus filhos, netos, primos, parentes de todos os lados.
Alguns anos depois, lá vamos nós morar na zona sul, com uma delas!

Nesse decorrer de tempo, minha cabeça estava a mil, atordoada coma transição da infância para a adolescência. Sem um suporte direto, ficava sozinha todos os dias sozinha, quase uma autodidata, aprendendo na raça a me virar na escola e indo morar na periferia. Estava acostumada com outro mundo, com uma padaria perto e ensino de primeira. Foi um choque. Morar em Parelheiros fez com que as barreiras para o meu crescimento aumentassem, mas jamais enxerguei o impossível.

Difícil, fui me acostumando com este novo mundo que caiu no meu colo. Fui aprendendo que o respeito, a compreensão e a solidariedade deveriam acompanhar meus passos a todo o tempo. Os preconceitos foram retirados da minha cabeça, e me envolvi demais neste novo mundo. Foi quando surgiu o maior bem da minha vida, chamado Fabrício.

Fui mãe aos 16. Ali, amadureci instantaneamente. As responsabilidades se multiplicaram e, neste momento, entendi que meus desejos de alguns anos, somados ao aprendizado, teriam um impacto fulminante. Agora eu me deparava com o meu lar, uma vida afetiva frustrada, um menino que é até hoje a razão do meu viver. Eu me dividia entre aulas, término do ensino médio e começo de faculdade, emprego, ensinava aos outros o que tinha aprendido, ministrava aulas de informática, subia de cargo na empresa, responsabilidades, formação, faculdade de novo (agora sim jornalismo).... ufa, quanta coisa!

Separação, um novo amor, separação de novo, curtição, balada, correr atrás do que não vivi e vivi tardiamente, reconstrução de ideais, amigos, preconceitos quanto à opção sexual, coragem para assumí-la. Enfim, o mundo girava... Finalmente 26.
Acho que minha instabilidade emocional, típica de mulher, ficou mais ainda a flor da pele com esse histórico. Hoje vivo tudo de forma muito intensa. As alegrias são inigualáveis. As tristezas são de acabar o mundo.

Cada um que passou pelo meu caminho construiu comigo minha identidade. Fez-me crescer, amadurecer e aumentou meu empenho em viver. E é em meio às dificuldades que encontro as alegrias. Olho ao meu redor orgulhosa da profissão que escolhi. Choro e sorrio com a vida que eu levo, com os momentos de tristeza ou com a paixão absorvente que vivo. Paixão esta que passa por cima de vários princípios. Hoje consigo enxergar minha caminhada como recompensadora. Meu presente maior é saber que tenho ao meu lado pessoas que sempre estarão comigo, pois aprendi a selecioná-las e perceber o quanto me agregam e fazem parte do meu mundo.

Ainda estou caminhando para a construção desse universo, e para a realização destes sonhos. Ainda há muito a se fazer, e coisas demais a se aprender. Ainda preciso me regrar inclusive para manter uma regularidade neste blog.

Já, 26?