25 de janeiro de 2010

6 de janeiro de 2010

Retórica jornalística


Nunca fui muito fã da arte sofista denominada retórica. Sempre dei mais valor às palavras simples, precisas e diretas. Tem até o um professor nosso que costuma dizer que a boa comunicação é aquela entendida por todos: o médico, o advogado, o adolescente e o gari.

É justamente aí que gostaria de chegar. No último dia 31/12, nosso caro amigo Boris Casoy resolveu quebrar os padrões retóricos e, categoricamente, ao se deparar com dois garis desejando feliz ano novo no Jornal da Band, disse: "...Que merda, dois lixeiros desejando felicidades. Do alto de suas vassouras. Dois lixeiros, o mais alto na escala de trabalho..." Claro que ele não sabia que o áudio ainda estava ligado.

Pois é, a vida é mesmo ingrata. Quando Boris tenta abandonar seu discurso retórico repleto da argumentação vazia e barata para ser compreendido, ele age dessa forma? Realmente, uma lição de vida.

Primeiramente, é necessário afirmar que Boris utiliza frases de efeito para externar seus pensamentos direitistas e pouco convincentes. Não há qualquer sustentação em suas palavras, seja na política, na economia, ou até na coluna social. O mesmo vale para seu irmão Arnaldo Jabor. Falar muito e "bonitamente" não significa dizer alguma coisa. Caso queira absorver frases de efeito, procuro Carlos Drummond de Andrade e Mário Quintana. Ambos são capazes de me confortar.

O feito cometido por Casoy, todavia, não é uma gafe do jornalismo, e sim humana. Um comentário infeliz e impreciso de quem se esconde atrás da retórica pseudo intelectual.
Fazer com que os mais pobres e desprovidos cognitivamente o admirem: essa é sua tática.
Talvez agora que a máscara caiu, meu pensamento possa finalmente ser compartilhado: Boris Casoy e Arnaldo Jabor não me manipulam. Os garis que o digam

Confira na íntegra:




1 de janeiro de 2010

Mais um ano se vai...

... e a gente fica!

Ficamos mais velhos, aprendemos com as experiências (ou não)...
Conquistamos pessoas... Re-conhecemos amigos...
Ah, e todo aquele blá, blá, blá de começo de ano!!!


Felicidade é um bem subjetivo, já diria um amigo meu... então, conquiste a sua.

Pra brindar o ano, segue Paulo Freire, grande educador que me inspira por suas ações. Esta, vem de sua pedagogia da autonomia:

"Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Está é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado."

E mais um Paulo da minha vida, o Leminski, que me inspira por sua simplicidade na poesia, tão tocante, nos diria o seguinte, em relação ao novo ano:

"No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela - silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas."

E mais uma história se inicia hoje. Que a simplicidade, a perseverança e a vontade de crescer, de mudar e de contornar a família problema sejam maiores que as decepções ou mágoas, e que o bem subjetivo chamado felicidade esteja com você. Um novo começo.
As duas mãos (uma minha, outra do John, rs) vem através deste post desejar a você um feliz ano novo. Que em 2010 possamos continuar juntos.