17 de abril de 2010

Provar o quê?



Mais uma semana de provas exaustivas no ensino superior, ou melhor, no 3°grau.

Para os acadêmicos de plantão, existe uma diferença gritante entre as duas definições.

Por isso, já que a descrença é o único adjetivo capaz de me confortar nos momentos de pura desilusão e vontade de jogar tudo para o alto, escolho o 3°grau para deixar o texto esteticamente mais atraente.

Novembro, Primavera de 2007:

Professor:

- Prova para mim não prova absolutamente nada. Levem esse pedaço de papel e escrevam conscientemente o que acharem necessário. Quero que desenvolvam um raciocínio crítico, que ampliem seus horizontes. Esse é nosso objetivo aqui. Agregar conhecimento e estimulá-los!

3°grau:

- Olha, professor, não é bem isso que queremos aqui. De alguma forma, eles precisam ser avaliados. Espero que entenda nossa posição. Alguns reclamaram de sua postura.

Professor:

- ALIENAÇÃO ACADÊMICA! É ISSO QUE VOCÊS QUEREM E PRETENDEM. É ESTE O TIPO DE EDUCAÇÃO QUE ALMEJAM?

3°grau:

- Não, professor. Acho que você não entendeu...

Professor:

- Entendi muito bem. O recado já foi dado e a semente já foi plantada. Vamos ver quanto tempo ela demora para desabrochar.

Abril, Outono de 2010:

Professor:

- Pessoal, é fácil. Vamos lá, um texto para tv, outro para rádio. Priorizem a informação mais importante.

Aluno 1:

- Nossa, isso é muito difícil. Não consigo.

Aluno 2:

- Ah, é fácil, vai. Quer uma ajuda ai, amigão?

Aluno 3:

- Não, ela já brotou.

Aluno 1:

- Brotou o quê?

Aluno 2:

- Não entendi.

Aluno 3:

- A consiciência.