19 de dezembro de 2009

Vivendo e aprendendo

Ultimamente, tenho pensado muito, inclusive junto com o John, sobre didática e posicionamento daqueles que estão aí para nos agregar conhecimento.

Na verdade, é necessário externar certas posições que não lá nos agradaram muito em 2009. Dentre elas, coisas que sei que iremos enfrentar no mercado de trabalho.

Quando alguém reconhece seu talento por aquilo que realmente é exposto, o ego infla, o impulso por aprender aumenta, a vontade de crescer se expande.
Nada daquilo que julgamos preferência nos faz acreditar que o nosso potencial possa ser prejudicado.

Mas pode causar àqueles que têm sonhos, que acreditam poder seguir uma carreira e até mexer com a auto estima. Isso é decisivo para que seja possível o crescimento.
Frear é algo inaceitável para alguém que está ali justamente para ensinar, fortalecer e dar apoio.

Por diversas vezes, apostei em determinadas pessoas e as impulsionei, aprimorando os pontos bons de meus alunos.

Não sou docente formada, porém cursei duas faculdades que hoje me permitem avaliar qualidades e defeitos dos meus professores, além de colocar isso em prática em determinado momento da minha vida, quando consegui que uma senhora de 75 anos conseguisse navegar, simplesmente navegar na internet, quando ela própria julgava impossível, em aulas de informática de uma associação de moradores.
O digitar, tarefa simples para tantos, tinha um nível de dificuldade imenso para ela.
Algo que, por menor que fosse a bagagem de uma moça (sim, porque aquela idosa tinha o espírito de uma menina...) de periferia, fez perceber o quanto vale a pena ser paciente. Eu poderia expor os seus erros ou suas ações mal feitas. Mas optei por me dedicar e transformar pessoas.

Um vez, conversando com um professor, disse-me ele que conhecemos um aluno e seu potencial nos primeiros 15 dias de aula. Segundo ele, naqueles momentos é que percebemos suas deficiências e percebemos se podemos apostar neste ou naquele.

A idéia deste post surgiu lendo um dos blogs da vida, onde um colega colocou no ar algumas das "pérolas" de seus alunos. Ele, professor universitário. Eles, seus educandos, muito provavelmente vindos da rede pública. Não convém aqui expor link ou texto por questões éticas.

O ensino brasileiro tem deficiências. Milhares. Inúmeras. Talvez estes seus pupilos devam estar presentes nas estatísticas por aí apresentadas. Por qual motivo então, ao invés de ridicularizar, não incentivá-los, ou buscar formas de como fazê-lo?

Impulsionar. Fazer prosperar.
Dar tapas é preciso, porém com a sutileza e perícia de um querido mestre.